sábado, 26 de dezembro de 2009

Gerações de Famílias Famosas na Fórmula 1


Ayrton e Bruno Senna
Sobrinho do Tri Campeão Mundial de Formula 1 Ayrton Senna, o brasileiro Bruno Senna fará sua estreia na Fórmula 1 em 2010, no volante da Campos.
Sua carreira no automobilismo é muito menor do que a de todos os rivais, justamente por conta do acidente que vitimou o tio, em 1994, em Ímola. À época no kart, Bruno parou de competir após a morte de Ayrton, e só voltou às pistas em 2004, na F-BMW Inglesa.
Se não conquistou títulos nas categorias menores, fato comum entre muitos dos que viriam a se destacar na F1, o brasileiro passou notadamente por uma grande evolução como piloto, conquistando o respeito de boa parte da imprensa especializada.
Na ótica dos especialistas, desde 2004, quando disputou algumas corridas da F-BMW Inglesa, até 2008, quando foi vice na GP2, Bruno ascendeu da condição de total incógnita à de um piloto extremamente competitivo. Aos 26 anos, o paulistano está motivado a se firmar na F1, com uma idade um pouco mais avançada para os padrões atuais de contratação de novos pilotos, cada vez mais jovens.


Emerson, Wilson e Christian Ftttipaldi
Em 1972, mesmo ano em que Emerson Fittipaldi conquistou o primeiro título mundial, seu irmão Wilson estreou na F1, pela Brabham. O piloto teve seu melhor campeonato na categoria na temporada seguinte, pela mesma escuderia, ao anotar três pontos: um na Argentina, na prova de estreia do Mundial de 1973, e dois com o quinto lugar no GP da Alemanha, em Nürburgring.
Christian, filho de Wilson, correu de 1992 a 1994 e teve melhor sorte do que o seu pai, somando 12 pontos nas passagens por Minardi e Footwork. Apesar disso, seu desempenho foi muito fraco perto do que se esperava do sobrinho de Emerson Fittipaldi.


Nelson Piquet e Nelson Angelo Piquet
Em 2008, Nelsinho estreou pela Renault, na categoria em que seu pai foi tricampeão nos anos 1980. O desempenho não foi dos piores: somou pontos (chegou a 19, no total) nos GPs da França, da Hungria e da China. Mas seus melhores resultados foram no Japão, onde terminou em quarto, e na Alemanha, onde ficou em segundo.
Além do desempenho razoável, o primeiro ano de Nelsinho na F1 ficou marcado pela polêmica em que se envolveu com a direção da Renault. Demitido pelo time francês, Piquet revelou à Federação Internacional de Automobilismo (FIA) que provocou intencionalmente o acidente que motivou a entrada do safety-car no GP de Cingapura. A batida teve como objetivo beneficiar o seu colega de time, o espanhol Fernando Alonso, que acabou vencendo a prova.


Reg e Tim Parnell
Tim Parnell esteve em quatro GPs entre os anos de 1959 e 1963. Reg, seu pai, marcou presença nas temporadas 1950, 1951, 1952 e 1954, mas fez apenas seis provas no total, com um pódio no campeonato de abertura da F1.


André e Teddy Pilette
Teddy Pilette correu o GP da Bélgica de 1974, pela Brabham. Três temporadas depois, tentou se classificar para três provas. Em vão. Seu pai, André, teve mais sucesso, ao participar de nove corridas entre 1951 e 1964.


Hans Von Stuck e Hans Joachim Stuck
Hans Joachim Stuck é um dos únicos casos em que a segunda geração conseguiu mais sucesso do que a primeira. O alemão fez 74 GPs nos anos 1970, com dois terceiros lugares. O velho Hans fez uma prova em 1952 e duas no ano seguinte. Hans Joachim, inclusive, tem dois filhos pilotos, mas só um deles sonha com a F1, Ferdinand Alexander, de 18 anos, que terminou em 15º a última temporada da F-Masters.


Jo e Jean Louis Schlesser
O primeiro integrante da família Schlesser a correr na F1 teve passagem curta e trágica. Aos 40 anos, Jo teve a oportunidade de pilotar um Honda no GP da França, em Rouen-Les-Essarts. Após duas voltas, escapou de lado e bateu num barranco. Cheio de combustível, o carro feito de magnésio incendiou-se instantaneamente, causando a morte do francês. Jean Louis participou do GP da Itália de 1988, com a Williams.


Jack, Gary e David Brabham
Em 1959, 1960 e 1966, Jack Brabham deu à Austrália seus três primeiros títulos. Gary, seu filho mais velho, estreou no GP dos Estados Unidos em 1990, com a fraquíssima Life. Não passou da pré-qualificação. Depois de o mesmo acontecer em Interlagos, na etapa seguinte, sua jornada acabou. Mas a família não ficaria sem representante: David Brabham debutou na corrida posterior, em San Marino. O piloto, porém, deixou a categoria ao fim da temporada. Voltaria pela Simtek em 1994, em outra passagem de um ano apenas.


Mario e Michael Andretti
Mario Andretti conquistou o segundo título americano da categoria em 1978 e viu seu filho Michael correr pela McLaren 25 anos depois. O hoje dono de equipe na Indy, porém, foi um fracasso na F1, fazendo apenas sete pontos em 13 GPs como companheiro de Ayrton Senna. O estadunidense acabou substituído por Mika Hakkinen.


Graham e Damon Hill
Graham e Damon Hill formam o único duo de pai e filho campeões do mundo. Em 1962 e 1968, o dono do capacete em preto e branco reinou. Em 1996, quatro anos após estrear na F1, Damon alcançou, pela Williams, seu único título.


Gilles e Jacques Villeneuve
Depois de muito sucesso na Indy, Jacques Villeneuve levou o troféu da F1 em 1997. Apesar de campeão, Jacques nunca causou nos fãs de automobilismo o encanto característico de Gilles, seu pai, morto em 1982, em trágico acidente em Zolder, na Bélgica.


Manfred e Markus Winkelhock
Markus Winkelhock, filho de Manfred e sobrinho de Joachim, que correram nos anos 1980, disputou apenas o GP da Europa de 2007, pela Spyker.


Keke e Nico Rosberg
Nico Rosberg, filho de Keke, campeão em 1982, correrá pela Mercedes em 2010.


Satoru e Kazuki Nakajima
Kazuki Nakajima é o primogênito do folclórico Satoru. Há três anos na F1, conseguiu um sexto lugar em 2008, sua melhor colocação na categoria. Em 2009, porém, não somou pontos.